Mediação e a Conciliação como opções à Judicialização de Conflitos

A judicialização de conflitos tem se tornado uma realidade cada vez mais presente em nosso país, gerando um grande volume de processos que sobrecarregam o sistema judiciário e resultam em custos elevados tanto para o Estado quanto para os cidadãos. 

Essa morosidade e burocracia do judiciário, muitas vezes, acaba prejudicando os envolvidos no conflito, que podem levar anos para obter uma decisão judicial.

Diante dessa situação, surgem as alternativas da mediação e a conciliação, que se apresentam como opções mais rápidas e eficientes para a solução de conflitos.

 A mediação e a conciliação são métodos consensuais de solução de conflitos, em que as partes envolvidas buscam chegar a um acordo de forma voluntária e sem a necessidade de um processo judicial.

A mediação é um processo em que um mediador imparcial é designado para ajudar as partes a identificar suas necessidades e interesses e buscar soluções que satisfaçam ambas. 

O mediador não tem poder decisório, mas atua como facilitador da comunicação entre as partes, auxiliando na negociação e buscando o consenso. Já a conciliação é um processo em que um conciliador, também imparcial, atua como intermediário entre as partes, propondo soluções e buscando um acordo que seja satisfatório para ambas as partes.

Esses métodos de mediação e a conciliação apresentam diversas vantagens em relação ao processo judicial tradicional. 

Em primeiro lugar, eles são mais rápidos e econômicos, já que evitam a burocracia e os custos elevados de um processo judicial. 

Além disso, a mediação e a conciliação são muito mais flexíveis e personalizadas do que um processo judicial, permitindo que as partes possam negociar e buscar soluções que atendam suas necessidades e interesses específicos.

Outro ponto importante é que a mediação e a conciliação têm como princípio a preservação da relação entre as partes. 

Em um processo judicial litigioso, muitas vezes a relação entre as partes é destruída devido ao confronto e à disputa. 

Já na mediação e conciliação, a busca pelo consenso e a cooperação são fundamentais para a solução do conflito, o que pode resultar em uma relação mais saudável entre as partes no futuro.

Porém, é importante destacar que a mediação e a conciliação não são adequadas para todos os tipos de conflitos

Em casos de violência doméstica, por exemplo, a presença de um juiz e medidas protetivas podem ser necessárias para garantir a segurança das partes envolvidas. 

Também é importante ressaltar que a mediação e a conciliação só funcionam quando as partes envolvidas estão dispostas a negociar e buscar uma solução consensual.

Em suma, a mediação e a conciliação apresentam-se como alternativas cada vez mais importantes para a resolução de conflitos no Brasil. 

Além de serem mais rápidas e econômicas, elas também são mais personalizadas e respeitam a relação entre as partes envolvidas. 

Porém, é preciso entender que esses métodos não são adequados para todos os tipos de conflitos e que é preciso haver disposição das partes envolvidas.

 

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